Organização das Mesas - Tema: Especiarias

       E continuando... Agora o tema da organização das mesas na boda. 

       Estávamos a pensar organizar as mesas por números apenas, sem nenhum tema especial associado, até que os meus fiéis amigos frasquinhos de iogurte me deram uma ideia! Não ficariam bonitos um em casa mesa dos convidados, decorados com um rótulo com o nome das nossas especiarias preferidas, com um pedacinho de renda por cima que deixaria trespassar o aroma da especiaria e com um lacinho de seda? Ficariam, pois! Ficaram mesmo a condizer com os convites, como podem ver no post anterior e deram um ar bem romântico, como se pretendia, misturando beleza e aromas. E os convidados também apreciaram e lá iam cheirando, quase caindo na tentação de usar a especiaria do frasquinho encontrado na sua mesa. Mas não era para usar não, era apenas para abrir o apetite!

       A acompanhar optamos por colocar nas mesas informação acerca da etimologia e usos das várias especiarias e, mais uma vez, usamos os mesmos contornos presentes nos convites e frasquinhos, assim como nas ementas e placard geral informativo dos convidados por mesa, que foram igualmente desenhados por nós.

       Agora que a festa de casamento já passou, vejam como estes frasquinhos  ainda fazem sensação na minha cozinha, em cima de um tabuleiro. Além de terem um segundo uso, trazem recordações boas e inspiradoras à minha cozinha.

       Espreitem embaixo algumas fotos destes pormenores.


Mesa dos Noivos

Uma das Mesas de Convidados

Na minha cozinha

Na minha cozinha

Os convites!

Fazer convites não é uma tarefa nada fácil de levar a bom porto e muito menos rápida!

Por isso, para quem não quer ter trabalho nem quer "perder" tempo, o melhor é mesmo delegar a responsabilidade a uma gráfica ou tipografia.

Tinha uma leve ideia dos lençóis em que me estava a meter, quando dei início a esta minha aventura e, para dizer a verdade, por mais tempo que tenha gasto e stress que tenha acumulado na sua elaboração, fiquei contente com o resultado final.

Rendas, fitas de seda, laços, pérolas... foi esta a inspiração que me cativou a atenção e me levou a fazer os meus convites de casamento da forma como podem ver nas imagens.

Optei ainda por elaborar três tipos de convites: os dos convidados em geral uns especiais para os pais dos noivos e outros para os padrinhos. Em todos eles, usei o mesmo tipo de materiais, excetuando os bombons que apenas adoçaram a boca de pais e padrinhos e que se encontravam dentro das caixinhas.

Claro que entre experiências aqui e acolá, estraguei uns quantos, mas no final das contas consegui com que ficassem bastante aceitáveis. A primeira dificuldade foi descobrir o tipo de colas a usar.

Como usei cartolina nos convites gerais, usei cola decoupage para tecidos o que permitiu que a renda aderisse na perfeição à base do convite.

 Para prender os laços, optei por super-cola 3 e para colar a fita de seda a melhor cola a usar foi a UHU, visto que não mancha as fitas. Após a definição das colas, tudo correu melhor e tornou-se mais rápido, foi como trabalho em série.

Para o interior do convite, usei uns contornos decorativos, como "frame",  torneados de estilo vintage em todo o perímetro do papel e um tipo de letra a condizer. 

Para finalizar, usei ainda uma tesoura com molde para recortar o papel do convite.

Os tons usados iam de encontro aos tons da restante decoração que em próximos posts acrescentarei. 

E voilá, uns convites personalizados e mais valorizados por todos que os receberam!

 Convite geral

  Convite dos Pais




 Convite dos Padrinhos

 Pormenor de contorno e recorte

Tesoura

Um vestido difícil!


Como prometido no post anterior, irei relatar aqui alguns pormenores da organização do meu casamento, em que também a imaginação e criatividade foram colocadas à prova.

Comecemos pelo meu vestido.

Poderia ter escolhido qualquer um, mas a partir do momento que os meus olhos bateram naquela foto na internet, nenhum outro foi capaz de o destronar. Era um verdadeiro vestido de princesa, na cor "spun gold", com rendas levemente douradas, uma comprida cauda e, desde que o vi, só conseguia imaginar-me casar vestida nele. 

A única foto que encontrei na Internet era uma imagem sem referências a estilista ou modelo do vestido. E agora? Estava apaixonada por aquele vestido, mas como encontrá-lo? Mandar fazer um vestido como aquele não seria de todo possível, pois o que o tornava especial era o desenho de rendas que se desenhava na parte da frente da saia e na cauda.

Ainda assim, contactei alguns ateliers que me pediram balúrdios para fazerem um vestido que nunca ficaria com o desenho do rendado do original. Desisti da ideia! Mas desistir do vestido é que era mais difícil! Sem saber bem como descobrir o seu rasto, decidi enviar e-mails para algumas lojas de noivas de todo o mundo, poderia alguém conhecê-lo... até que, um dia, a resposta chega-me do Brasil e a simpática senhora dá-me a informação de que preciso: Mon Cheri Vittoria 16202 Spun Gold. Bingo! Agora é só pesquisar se existe à venda cá! Resposta negativa, não há, nem nunca houve. Ora bolas!

A Mon Cheri Bridals (passo a publicidade) é uma marca americana de linha de noiva, sediada nos EUA e com representante europeu no Reino Unido. Começou há pouco tempo a vender para Portugal, mas como o vestido que me arrebatou era de uma coleção de 2008 não chegou a ser vendido em Portugal. A minha paixão por ele era tal que até a hipótese de o alugar punha! Queria aquele vestido custasse o que custasse, vá-se lá entender estas coisas do coração! 

Mais uma pesquisa exaustiva na Internet e outra, e outra, troca de e-mail's com lojas e do vestido nada! Apenas encontrava alguns anúncios escritos em inglês em que outras noivas como eu o procuravam desesperadamente. E eram várias, igualmente obcecadas como eu, ou talvez não tanto! 

Como não fui bem sucedida na minha busca, resolvi contactar a própria marca a fim de saber se ainda existia algum modelo e onde o encontrar. Respondeu-me o agora representante da marca em Portugal e Espanha que se prontificou a contactar as várias lojas que representam a marca na Europa, mas a resposta foi negativa, já não havia nenhum. Bem, vou ter de desistir, pensei... mas não! Afinal, descobriram um! Era único já, o último da coleção e estava na fábrica ainda para dificilmente ser vendido, pois tratava-se nada mais nada menos que um tamanho 46/48. Felizmente ou infelizmente não dava para mim, a minha paixoneta por ele não chegava ao ponto de querer engordar uns 40 kilos para caber nele!

Entretanto, nos EUA havia já algumas lojas que me davam resposta positiva em relação ao vestido, indicando que só existia esse mesmo, de um tamanho enorme! Nem quero imaginar os telefonemas que aquela fábrica deverá ter recebido por conta da minha aventura em busca do vestido perdido! Não devem ter sido nada poucos, tendo em conta que a minha insistência nele, levou-me a contactar umas dezenas de lojas lá nos States.

E a minha loucura levou-me a dar ordem de expedição do vestido directamente dos EUA, com uma pequena paragem pelo Reino Unido, sede na Europa, para perto da minha casinha, já que o vestido era adaptável para mim, mesmo com uma diferença de número tão grande. E em menos de três semanas, estava a ir à loja que serviu de intermediária, levantar o meu vestidinho.

A ansiedade era muita! Iria corresponder à foto que tanto tempo namorei? Bem, não só correspondeu, como superou!  Fiquei muito, muito feliz e mal podia esperar por o usar.  Afinal, tanto trabalhinho foi compensado e o vestido depois de arranjado assentava-me na perfeição, como se nunca tivesse sido mexido. Não era tarefa  nada fácil pô-lo a servir-me, porque passar um vestido de tamanho 48 para um 38, exigia muita perícia e conhecimento profundo de moldagem. Aqui contei com a preciosa ajuda da minha mamã que mo deixou na perfeição.

Ora vejam o que é possível com muita teimosia, amor e arte...



O nosso casamento


O nosso casamento foi um dia mágico, ansiado, idealizado, muito! Desejava que tudo estivesse na perfeição, não fosse a perfeição uma coisa imprópria do ser humano, mas muito desejada também.

E quando a tanta idealização se junta o perfecionismo, resulta daqui nada mais nada menos que uma grande dor de cabeça! Não é que a vontadinha que tinha era de fazer tudo eu, à minha maneira, tal como idealizei? E não é que não conseguia delegar a terceiros a elaboração de convites, os pormenores da decoração, o placard de mesas, os pormenores do bolo de noiva… Não conseguia e não consegui! E não o consegui não por querer poupar nas despesas, mas porque era para mim de extrema importância envolver-me em tudo que lhe dizia respeito, dar o meu toque pessoal, ver-me refletida e porque não há nada melhor que criarmos para amarmos. Não é assim com quem tem filhos? Não é muito mais fácil amarmos a arte criada por nós? Cria-se ali uma relação emotiva entre artista e projeto que não acontece quando compramos alguma coisa.

Continuando, quis fazer tudo, e foi uma maratona a minha corrida para o casamento, uma maratona de muito trabalho, mas uma maratona não por ser longa, mas sim em tempo record, uma corrida contra o tempo, já que o nosso casamento foi organizado em quatro meses! E o mais espantoso é que foi suficiente, mesmo sendo eu picuinhas com todos os pormenores, mesmo querendo eu envolver-me em tudo a cem por cento e, ainda a somar a  tudo isto, havia as exigências da profissão que são uma chatice numa altura como esta, mas indispensáveis para nos proporcionar o dinheirinho que tanta falta faz para preparar um evento como este!

Nos próximos posts, irei descrever alguns dos pormenores que fazem parte das etapas da organização do meu casamento e que levaram à intervenção de arte e engenho, já diria Luís Vaz de Camões, não só minha, mas também de algumas pessoas que me são muito queridas e a quem muito agradeço, que muito me ajudaram a ser feliz naquele dia. 


Vida a dois!



Chegou a minha hora,  a hora de ter o meu cantinho, a minha casinha, personalizada a meu gosto!

Recém-casados, foi com muita alegria que encontrámos a nossa casa de encantar: uma casa individual com portadas em madeira, cheia de janelas e portas-janela para entrar muito sol! Agora, toca a pôr em prática as ideias e inspirações que guardo para dar o meu toque aos cantinhos da casa.

Aqui pretendo expor as coisas que vou fazendo, esperando poder inspirar quem me visita e receber igualmente as vossas ideias, fazendo deste lugar um ponto de encontro de partilha de criatividade e imaginação. 

É o nosso começo de uma vida a dois!